Nos anos das televisões com o "tubo", comprar uma TV era algo simples: uma vez escolhido o tamanho da tela, a marca que lhe oferecia mais garantias (ou o melhor preço) e você já tinha o aparelho apoiado em uma grande peça de mobiliário, a sua casa. Mas à medida que os dispositivos ficaram mais sofisticados, as opções aumentaram: HD ou Full HD? Inteligente ou não? Com ou sem 3D? Plasma ou LCD?
Hoje estamos passando por outra transição, para televisores “Ultra HD” com telas de resolução 4K ou 8K. E uma nova batalha entre tecnologias está sendo travada nas lojas: displays OLED e QLED. A tecnologia anterior foi adotada por muitos fabricantes, mas tem o estigma de burn-in ou manchas na imagem. O outro tem menos disponibilidade, mas oferece um preço mais baixo e promete uma vida útil mais longa. Qual é a melhor escolha? É isso que vamos explicar neste artigo.
QLED vs. OLED vs. MicroLED, qual é a melhor tecnologia?
Como funciona o OLED
A tecnologia OLED foi criada pelos engenheiros da Kodak em 1987. Seu nome, “Organic Light Emitting Diode” vem de sua construção: uma fina película de compostos orgânicos é colocada entre dois condutores e emite luz quando recebe corrente elétrica. A cor da luz varia de acordo com a composição do filme e, como cada “ponto” da tela emite luz própria, não há necessidade de retroiluminação com lâmpadas fluorescentes ou LEDs brancos para iluminar a tela.
A tecnologia OLED tem algumas vantagens: a primeira é que porque cada ponto emite uma cor primária, eles são muito mais vívidos e precisos, em contraste com as telas de LCD onde a luz de fundo branca é "filtrada" para gerar cores.
QLED vs OLED qual é a diferença e por que é importante ...
Além disso, como não emite luz, um ponto apagado fica completamente preto, o que melhora o contraste e reduz o consumo de energia. Além disso, ao fornecer a luz de fundo, as TVs OLED podem ser muito mais finas e, com os modernos painéis OLED flexíveis, é possível criar telas curvas.
O problema é que os componentes orgânicos usados nos painéis OLED podem se degradar com o tempo de uso, perder o brilho ou apresentar “manchas” na tela, o famoso “burn-in” muito “em voga” para as primeiras gerações dessa tecnologia. .
Como funciona a tecnologia QLED
QLED é um dos muitos nomes comerciais de tecnologia com um nome ainda mais interessante: “Quantum Dots” ou “Quantum Dots”. Eles trabalham em cristais microscópicos (medidos em nanômetros, um bilionésimo de metro) que têm uma propriedade especial: podem absorver luz em um determinado comprimento de onda (como azul ou ultravioleta) e emitir luz em outra frequência visível. uma cor específica.
O que exatamente é a tecnologia MicroLED da Samsung (e como isso afeta sua nova TV)
A cor de um ponto é baseada no tamanho dos cristais, variando do vermelho (o menor) ao roxo (o maior) e todas as cores entre eles. A vantagem é que, como os cristais são estáveis ao longo do tempo, sua cor e brilho nunca mudam em contraste com a tecnologia OLED. E porque emitem cores “puras”, são tão brilhantes e vibrantes como em uma tela OLED.
Mas como eu disse, os pontos em uma tela QLED não emitem luz própria e devem ser retroiluminados, o que torna a construção da tela muito parecida com a de uma tela LCD. Por causa disso, a imagem não tem o contraste perfeito infinito e preto das telas OLED, e os ângulos de visão são um pouco mais estreitos.
Além disso, as telas QLED têm um tempo de resposta maior do que as telas OLED, o que pode torná-las menos adequadas para jogos que exigem reação rápida. Mas como vantagem o custo de produção dos painéis é menor, o que pode representar uma boa economia para o consumidor.
As diferenças entre TV LED vs. TV OLED
Como mencionei, QLED é um nome comercial, usado pela Samsung e empresas relacionadas, como HiSense e TCL. Já a Sony chama a mesma tecnologia de "Triluminos" e a LG possui uma tecnologia semelhante chamada de "NanoCell".
O que é Burn-In?
Chegou a hora de explicar o que é esse burn-in. Este efeito é causado pela degradação irregular de algumas partes da tela, causada por imagens estáticas com cores vivas ou alto brilho exibidas por longos períodos de tempo. O resultado é uma "sombra" ou desfoque na imagem, visível em locais onde há elementos constantes como a marca do transmissor no canto da tela, o placar de uma partida de futebol ou os painéis de status em um jogo de tiro.
Esse efeito já aconteceu em televisores de plasma e também pode ocorrer em telas OLED. Por exemplo, se você possui um smartphone mais antigo com tela OLED, pode ter notado “sombras” onde há imagens na tela, como os botões de navegação ou a barra de status na parte superior da tela. Isso é burn-in.
Os fabricantes estão cientes desse problema e incluem em seus dispositivos tecnologias para mitigar o problema como o "Pixel Shifter", que muda constantemente a posição da imagem para que nada fique "parado" na tela por muito tempo, ou algoritmos que detectam imagem que pode causar problemas e limitar seu brilho, reduzindo as chances de degradação.
Além disso, a própria composição dos painéis OLED mudou e a cada geração os compostos são mais estáveis e duráveis. Em janeiro deste ano, o canal RTings no YouTube testou 9 TVs que foram muito utilizadas (20 horas por dia, em 5 períodos de 4 horas cada) durante um ano. E os resultados têm sido promissores.
Embora as telas submetidas a uso extremo (brilho máximo em todos os momentos e imagens com muitos elementos estáticos, como um canal de notícias) tenham mostrado burn-in, a conclusão geral é que o usuário típico assiste a conteúdos variados de 5 a 6 horas por dia. , você provavelmente nunca terá esse problema.
As telas QLED, por sua vez, são muito menos sensíveis ao problema. A Samsung, por exemplo, oferece garantia de 10 anos contra burn-in em seus modelos.
Então, eu escolho OLED ou QLED?
A resposta é… depende. Na prática, é improvável que você precise se preocupar com "burn-in", especialmente em modelos mais novos. O fator mais importante é o preço: lembro que as telas QLED têm um custo de produção menor que os OLEDs. Assim, isso também se reflete no preço mais baixo dos telefones.
A diferença é mais perceptível nas telas “menores” de 55 polegadas. Fazendo uma rápida pesquisa num site de comparação de preços, encontrámos um televisor LG NanoCell 55K de 4″ por cerca de 3,300€. A Samsung tem um modelo QLED semelhante por 4,200€. O modelo OLED mais barato da LG custa R$ 5,700. Ou seja, quem optar pelo QLED pode economizar até R$ 2,400.
A diferença permanece nos tamanhos maiores. Encontrámos uma TV LG NanoCell 65K de 4″ por 6,900€. A Samsung tem um modelo QLED semelhante por 7,400€, enquanto o mais barato OLED 4K OLED, também um modelo da LG, custa 11.000€.
Uma coisa é certa: OLED ou QLED, uma vez que você tenha uma TV assim, você nunca mais vai querer voltar.
Está pensando em comprar uma TV 4K? Qual tecnologia é mais interessante para você?