Era uma vez ... Hollywood é o nono filme escrito e dirigido por Quentin Tarantino e poderíamos dizer com segurança que o elenco assemelha-se às cruzadas do mundo do cinema: demasiados são os nomes que pisaram o palco imaginário desta monumental reconstrução de um tempo que já existiu. Brad Pitt, Leonardo di Caprio, Margot Robbie, Dakota Fenning, Luke Perry (última aparição na tela, infelizmente), Al Pacino, Kurt Russell e muitos outros, que se tivéssemos que nomear todos acabaríamos com uma lista fria e nada engraçada. O filme que vamos analisar é algo bem diferente: é um ponto de vista diferente, uma realidade realçada de uma época que foi e certamente nunca será.
Era uma vez…
… Rick Dalton (Leonardo Di Caprio) é o astro de Hollywood, o mais bem pago e o mais solicitado em cena: o ator é uma verdadeira lenda em seu setor, a tal ponto que com seu amigo Cabine do penhasco (Brad Pitt) passou por muito (bem Penhasco talvez mais alguns, já que seu trabalho é atuar como dublê de nosso menino de ouro); talvez os dois tenham passado por muito porque o nosso meda ele está agora no fim de sua carreira, um leão que não quer parar de caçar, mas que é forçado a ceder aos jovens. Penhasco ele é mais modesto: para ele, vilas luxuosas e imprudências não importam, para ele contam mais os prazeres simples, uma vida tranquila poderíamos dizer. Neste cenário, vemos movimento Roman Polanski e Sharon Tate bem na mansão ao lado da casa de Rick Dalton. A partir daqui, não nos sentimos em condições de vos dizer como se desenrolam os acontecimentos, apenas para não estragar mais nada no enredo de uma história que - embora verdadeira - é contada com um estilo único, tal como se esperava de Tarantino.
… Em Hollywood!
Era uma vez ... Hollywood é um filme cheio de significado pelo título, afinal parece um conto de fadas ... e de fato é: fotografia e direção são sem dúvida excepcionais, e só talvez no som se pudesse buscar algo mais (nada que certamente vai estragar o filme). Quentin Tarantino fica um pouco retido na primeira parte do filme, mas depois prova ser o gênio maluco que todos amamos, deixando-nos mergulhar na vida densa dos personagens que, mesmo que inventados, enriquecem a vida real dos estrelas que eles encontram. Ver Leonardo Di Caprio lutando com uma série de TV dos anos 70 foi emocionante: no FBI o ator é sublime, sem falar que em outros filmes, em particular no faroeste, ele dá o melhor de si. Brad Pitt é talvez o verdadeiro protagonista do filme: embora seu papel seja mais isolado do que o de Di Caprio, certamente não é menos. Talvez menos proeminente do que as outras foi Margot Robbie que, embora desempenhando um papel importante, não aparece muito na tela: acreditamos firmemente que ela não é adequada para este tipo de papel, a vimos dar muito mais ao público por exemplo no papel da rainha Elizabeth em Maria, Rainha da Escócia, onde ela pôde provar que é muito mais do que a bela mulher que é.
Nono filme, nono sucesso
Era uma vez em ... Hollywood é, sem dúvida, um sucesso: o filme é cheio de contrastes que combinam uma sensação de lentidão que beira o tédio com cenas que provavelmente ficarão na história do cinema: você perceberá quando Rick Dalton interpretará Caleb em uma comédia de faroeste e, enquanto Cliff Booth, terá uma discussão acalorada com Bruce Lee. Certamente o sucesso do filme deve ser atribuído à habilidade do diretor, mas nada deve ser tirado da extraordinária competência de quem tem diante das câmeras. Posto isto, só nos resta desejar uma boa exibição no próximo mês de setembro, no cinema em cartaz, o encontro está marcado para o dia 18.